Com a mira voltada para a expansão internacional, a grande maioria dos players do setor financeiro está buscando alternativas aos bancos tradicionais e novas formas de lidar com o dinheiro. Para os consumidores que desejam opções além dos serviços bancários convencionais, o cenário atual oferece um verdadeiro celeiro de oportunidades, inovações e opções.
Uma questão intrigante permeia esse cenário: o sucesso das fintechs ocorreu porque os bancos tradicionais não estavam interessados em aproveitar as novas tecnologias. Embora as fintechs ainda representem uma parcela relativamente pequena do mercado, isso mostra que estamos apenas no início de uma transformação que ainda tem muito a revelar. Há um longo caminho a percorrer e muito espaço para crescer.
Outra discussão relevante é sobre a colaboração ou competição das fintechs com os bancos, especialmente no contexto do Open Banking. Alguns acreditam que é possível trabalhar em conjunto, utilizando de forma inteligente os dados bancários para criar comunidades, análises de crédito, produtos de seguro e muito mais. No entanto, é importante considerar o contraponto de que as fintechs surgiram exatamente para serem o oposto dos bancos tradicionais, preenchendo lacunas e atendendo a necessidades não atendidas por essas instituições. Essa revolução exige uma mudança cultural nos bancos, a fim de construir um novo tipo de relacionamento com os clientes.
Atualmente, espera-se cada vez mais que as fintechs atendam demandas reais das pessoas, indo além de serem apenas uma opção para armazenar dinheiro. A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo o levantamento ágil de indicadores, análise de informações e oferta de serviços e produtos que realmente impactem e facilitem a vida das pessoas.
Algumas tendências-chave moldarão o futuro das fintechs:
Digitalização: A digitalização financeira oferece oportunidades significativas para as fintechs, especialmente em um cenário em que muitos brasileiros ainda não possuem uma conta bancária. Startups estão surgindo para oferecer serviços financeiros sem a necessidade de conta bancária, além de atender a nichos específicos, como microempreendedores e autônomos. A automação dos processos financeiros das empresas também é uma área em crescimento.
Fintechização: A competição entre as fintechs exige diferenciais no mercado. A abordagem customer-centric, com o desenvolvimento de produtos baseados nas demandas dos clientes, tem se mostrado eficaz. As fintechs estão se especializando em atender nichos específicos, como varejo, logística, educação e segmentos demográficos, como comunidades LGBTQIA+ e femtechs. As possibilidades vão desde educação financeira até crédito.
Segurança e Mobilidade: Aumentar os mecanismos de segurança e expandir os serviços móveis é essencial para atender às demandas dos consumidores. As transações bancárias por canais digitais estão em crescimento, com destaque para o uso de mobile banking. Investimentos em segurança cibernética e treinamento de pessoal são fundamentais nesse contexto.
Além disso, há um propósito ainda maior: educar os consumidores financeiramente. Existe uma preocupação em tornar os clientes cada vez mais conscientes e educados financeiramente, para que desenvolvam uma relação saudável com o dinheiro. Essa educação financeira torna-se ainda mais crucial em um cenário em que a pandemia acelerou drasticamente a tendência de redução do uso do dinheiro físico. Atualmente, já é possível observar muitos estabelecimentos que não aceitam mais pagamentos em dinheiro, e as empresas do setor financeiro precisam estar atentas aos comportamentos cotidianos e às necessidades emergentes.
A geração Z desempenha um papel fundamental na adesão a inovações e tecnologia. Com fácil acesso à informação, os jovens dessa geração têm um interesse precoce pela educação financeira e pelo gerenciamento do próprio dinheiro. Eles impulsionam a adoção de aplicativos e serviços, como o metaverso, NFTs e criptomoedas. No mundo das fintechs, a geração Z também busca ferramentas que ofereçam liberdade e independência na hora de consumir produtos e serviços no dia a dia.
Diante desse cenário, o futuro das fintechs parece promissor. A inovação e a transformação estão moldando um mundo financeiro em constante evolução. À medida que as empresas do setor se expandem internacionalmente, os consumidores podem esperar uma gama ainda maior de opções e soluções criativas. Com a tecnologia como parceira e um crescente enfoque na educação financeira, as fintechs estão pavimentando um caminho irreversível em direção a um futuro cada vez mais inovador e inclusivo.
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